Revolta de Filipe dos Santos


Julgamento de Filipe dos Santos


Contexto histórico

A região de Minas Gerais produzia muito ouro no século XVIII. A coroa portuguesa aumentou muito a cobrança de;impostos;na região. O quinto, por exemplo, era cobrado sobre todo outro extraído (20% ficavam com Portugal). Esta cobrança ocorria nas Casas de Fundição. Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem fosse pego desrespeitando as leis portuguesas era preso e recebia uma grave punição (degredo para a África era a principal).


Causas da Revolta

A insatisfação popular era geral nas regiões auríferas em função dos impostos, punições e da fiscalização portuguesa. Além do povo, comerciantes e proprietários de minas de ouro, que pagavam impostos, também estavam insatisfeitos com tudo que ocorria na colônia.

O líder e suas ideias

Felipe dos Santos Freire era um grande fazendeiro e tropeiro (dono de tropas de mulas para transporte de mercadorias). Com seus discursos e ideias atraiu a atenção das camadas mais populares e da classe média urbana de Vila Rica. Defendia o fim das Casas de Fundição e a diminuição da fiscalização metropolitana.

Revolta

A revolta durou quase um mês. Os revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar Vila Rica. Diante da situação tensa, o governador da região, Conde de Assumar, chamou os revoltosos para negociar, solicitando que abandonassem as armas. Após acalmar e fazer promessas aos revoltosos, o conde ordenou às tropas para que invadissem a vila. Os líderes foram presos e suas casas incendiadas. Felipe dos Santos, considerado líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.

Consequências

Após a revolta, a coroa portuguesa aumentou ainda mais a fiscalização na região das minas, visando combater a evasão fiscal e o contrabando de ouro. Para aumentar o controle sobre a região, foi criada a capitania de Minas Gerais. Por seu caráter nativista e de protesto contra a política metropolitana, muitos historiadores consideram este movimento como um embrião da Inconfidência Mineira.

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